Comandante da PM coloca polícia nas ruas

Cento e vinte e oito policiais civis e militares ocuparam vários bairros da Região Metropolitana de Belém nas noites de sexta e sábado passados. O objetivo foi melhorar a segurança e proteção à população da capital paraense, contando com o apoio da Polícia Civil do Estado na operação integrada.


O comandante da Polícia Militar, coronel Mário Solano, reuniu antes da operação os policiais e a imprensa para informar que a primeira operação denominada de “Barreira” iria atuar no combate à criminalidade e à violência nos principais corredores viários de Belém, a fim de evitar o aumento dos índices de assalto a ônibus, micro-ônibus e vans.

Paralelo à iniciativa, os policiais envolvidos na operação visaram também a apreensão de armas, drogas, veículos roubados, bem como transmitir segurança aos usuários que utilizam os meios de transporte e que vinham sendo assaltados em vários percursos na cidade.

SHOWS IRREGULARES

Em outra frente, tendo o comando do tenente-coronel Hilton Benigno e major Rosinaldo Barros, foi desencadeada a “Operação Hypnos” em homenagem a um dos deuses mensageiros de Hades na série “Os Cavaleiros do Zodíaco” também considerado o “Deus do Sono”.

A “Operação Hypnos” teve por finalidade atuar no enfrentamento a locais que promovam festas como casas de show, bares, boates, danças, dentre outros, e que estivessem funcionando de maneira irregular, ou seja, sem alvará. Além disso, serão autuados donos de som com altura fora do permitido pela legislação ambiental e com presença de crianças e adolescentes.

A primeira parada de um dos braços da operação foi no bairro do Guamá, na rua Guerra Passos, onde a PM depois de uma denúncia anônima encontrou Ailton Farias da Silva, conhecido por “Bochecha”, que embora estando em liberdade provisória participava de uma rodada de bebidas.

Ailton Farias da Silva acabou sendo conduzido para a Seccional do Guamá para averiguações e a Polícia Civil deve comunicar ao juiz da Vara de Execuções Penais a quebra da condicional do acusado, que deve voltar ao regime fechado pelo agravante.

Dezenas de bares foram vistoriados e pessoas suspeitas revistadas. Na rua Francisco Monteiro, após uma abordagem, a Polícia Militar localizou em um beco uma “Clínica”, nome batizado pelos policiais onde os viciados se “internam” durante a noite para consumir drogas.

No barraco, quatro pessoas e um forte odor de entorpecente. Na revista, os policiais civis e militares encontraram drogas e dezenas de papelotes no chão, o que comprova que além de “clínica” ali funcionava uma boca de fumo.

A droga encontrada e os ocupantes do barraco foram levados para procedimentos policiais na Seccional Urbana do Guamá. A operação prosseguiu até as 3h, sendo considerada pelo tenente-coronel Hilton Benigno como um sucesso pela ostensividade da PM e Polícia Civil nas ruas.

INFRAESTRUTURA
O principal inimigo da PM acaba sendo as condições das ruas, principalmente no bairro do Guamá, onde pontes de madeiras cortam braços de igarapés. A maioria das pontes está em péssimo estado e as viaturas não conseguiram ultrapassar os obstáculos, o que torna a missão policial ainda mais difícil.

A Polícia Civil mandou para a operação 38 policiais acompanhados dos delegados Rilmar Firmino, delegado geral adjunto, João Bosco Júnior, da Diretoria de Polícia Especializada, e Ione Coelho, da Diretoria de Polícia Metropolitana. A PM deve divulgar na segunda-feira, 10, o balanço final das duas operações na Região Metropolitana de Belém.
(Diário do Pará)