Após o treino da Seleção na segunda-feira (26) no Mangueirão, o
xodó das torcedoras paraenses, Neymar, resolveu fazer embaixadinhas com
uma bola, a autografou e mandou para a torcida. O que você faria se
tivesse a sorte de pegar essa mesma bola? Para alguns, ela poderia ficar
em uma vitrine ou apenas dentro do quarto, mas para o sortudo da vez,
Marcelo Freitas - pai de quatro filhos -, a redonda valerá uma casa.
Isso mesmo, uma casa!
Marcelo, que sustenta a família com os 'bicos' que faz como pintor, mora em um assentamento na rua Dois Irmãos, no bairro da Pratinha, em Belém, mas o local, que abriga 64 famílias, terá de ser esvaziado por conta de uma reintegração de posse decidida no domingo (25) pela Justiça. Sem local para morar e sem perspectivas de dinheiro para comprar uma nova casa, foi assistir ao treino da seleção para tentar esquecer dos problemas. E fez bem mais que isto!
'Soube do treino e fui tentar arrumar ingressos. No momento, eu queria quatro entradas e não tinha todos os quilos de alimento para trocar, então comprei de um cambista por R$ 2,50, cada. Era um divertimento para nós e, até para mim, que passei a noite sem dormir pensando que teria que voltar a morar em um quarto de aluguel com minha esposa e meus quatro filhos', lembra.
Para o treino, Marcelo acabou indo acompanhado de um amigo e um dos filhos, já que a sogra não pode ir. Dentro do Mangueirão, a festa foi feita por ver os jogadores da seleção 'em forma real', como Marcelinho - filho de Marcelo - classificou. Mas, o melhor ficou guardado para o final: a bola autografada por Neymar.
'Quando acabou o treino, meu amigo disse para gente ir e respondi que não, porque o Neymar ainda estava em campo batendo embaixadinhas. Queria esperar ele ir embora. Fiquei gravando no celular, até que a bateria acabou e foi mais um motivo para ir embora. Resolvi esperar e foi quando o Neymar autografou a bola e chutou para a arquibancada. Ela veio direto no meu peito e eu agarrei com força. Poxa! Eu tinha acabado de passar o celular para o meu filho e, por isso, fiquei com as duas mãos livres para pegar a bola. Na hora, o pessoal veio para cima de mim para tentar tomar ela, mas eu segurei com força e aguentei até que os policiais chegaram e me isolaram do resto do pessoal. Eu não estava nem acreditando', recorda.
Com ameaças de muitos que queriam a 'bola de ouro' a qualquer preço, Marcelo, o filho, o amigo e a gorduchinha, ficaram escoltados por policiais dentro do estádio e só foram embora cerca de uma hora depois do final do treino, quando receberam o conselho de um policial. 'Ele disse que poderíamos colocar na internet e vender. Era tudo o que eu precisava para comprar uma casa para minha família morar'.
Marcelo, que sustenta a família com os 'bicos' que faz como pintor, mora em um assentamento na rua Dois Irmãos, no bairro da Pratinha, em Belém, mas o local, que abriga 64 famílias, terá de ser esvaziado por conta de uma reintegração de posse decidida no domingo (25) pela Justiça. Sem local para morar e sem perspectivas de dinheiro para comprar uma nova casa, foi assistir ao treino da seleção para tentar esquecer dos problemas. E fez bem mais que isto!
'Soube do treino e fui tentar arrumar ingressos. No momento, eu queria quatro entradas e não tinha todos os quilos de alimento para trocar, então comprei de um cambista por R$ 2,50, cada. Era um divertimento para nós e, até para mim, que passei a noite sem dormir pensando que teria que voltar a morar em um quarto de aluguel com minha esposa e meus quatro filhos', lembra.
Para o treino, Marcelo acabou indo acompanhado de um amigo e um dos filhos, já que a sogra não pode ir. Dentro do Mangueirão, a festa foi feita por ver os jogadores da seleção 'em forma real', como Marcelinho - filho de Marcelo - classificou. Mas, o melhor ficou guardado para o final: a bola autografada por Neymar.
'Quando acabou o treino, meu amigo disse para gente ir e respondi que não, porque o Neymar ainda estava em campo batendo embaixadinhas. Queria esperar ele ir embora. Fiquei gravando no celular, até que a bateria acabou e foi mais um motivo para ir embora. Resolvi esperar e foi quando o Neymar autografou a bola e chutou para a arquibancada. Ela veio direto no meu peito e eu agarrei com força. Poxa! Eu tinha acabado de passar o celular para o meu filho e, por isso, fiquei com as duas mãos livres para pegar a bola. Na hora, o pessoal veio para cima de mim para tentar tomar ela, mas eu segurei com força e aguentei até que os policiais chegaram e me isolaram do resto do pessoal. Eu não estava nem acreditando', recorda.
Com ameaças de muitos que queriam a 'bola de ouro' a qualquer preço, Marcelo, o filho, o amigo e a gorduchinha, ficaram escoltados por policiais dentro do estádio e só foram embora cerca de uma hora depois do final do treino, quando receberam o conselho de um policial. 'Ele disse que poderíamos colocar na internet e vender. Era tudo o que eu precisava para comprar uma casa para minha família morar'.
Já em casa, a bola foi o sonífero do homem que tinha ficado uma noite sem dormir por não saber onde moraria no dia seguinte. 'Fiquei olhando para a bola. Não estava acreditando naquilo, sabe? Poxa, eu morei em um quarto de aluguel por anos com minha esposa. Tenho um filho de 14 anos, um de sete, uma de seis e uma de quatro anos. Já estamos morando aqui nessa casa há sete meses, mas Deus nos mostrou o caminho', disse.
Sobre a casa que será desapropriada, Marcelo conta emocionado como fez para comprá-la: 'Eu estava em um quartinho e soube que tinha um terreno com lotes para vender. Era um terreno abandonado, que estava sendo dividido. Falei com o chefe do pessoal e ele me disse que queria 600 reais em um lote de 5 metros de frente por 20 de comprimento. Dei 300 reais e uma televisão de 14 polegadas que meu filho tinha ganhado de presente da avó. O rapaz aceitou e construi meu palácio com 3,5 metros de frente e 4 metros de comprimento. Na verdade, ficou sendo só um compartimento, mas já era o suficiente para nós. Pena que vamos ter que sair agora', lamenta.
Veja Marcelo apresentando sua casa à reportagem do Portal ORM!
Pena? Logo depois, Marcelo retira o termo 'pena que vamos ter que sair agora' e pediu para trocar por 'graças a Deus esta bola veio. Ela é a nossa luz no final do túnel. É a nossa futura casa. Agora é agradecer e agradecer', declarou e aproveitou o espaço para dizer: 'Neymar, você não sabe o bem que fez para nossa família. Que Deus te ilumine!'.
Interessados em fazer um lance pela bola autografada por Neymar podem ligar para o próprio Marcelo pelo telefone (91) 8890 8567.
Colaboração: Cel PM Sena
Texto: Carlos FellipFotos: Rafaela Costa e Carlos Fellip (Portal ORM)
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