Vitória/ES - Encerrou
na sexta-feira (21) o Curso Nacional de Promotor de Polícia
Comunitária Sistema Koban, com a formação de 50 militares capixabas. O
encerramento, realizado no auditório do CPOM, contou com a presença do
comandante geral da Polícia Militar, coronel Ronalt Willian.
Um
dos alunos, sargento Perozini, comandante da célula interativa da Grande
Goiabeiras, em Vitória, entregou uma camisa de presente ao coronel
Willian, em nome dos formandos.
“ Esta filosofia é o novo caminho
que as polícias estão seguindo. O comandante geral vai defender essa
bandeira com unhas e dentes. Vocês aprenderam no curso que a nossa
missão é nobre. E é nosso dever fazer o melhor possível”, frisou o
coronel Willian.
O sargento Perozini se emocionou ao entregar o
presente ao comandante e afirmou que este foi o primeiro curso de
Polícia Comunitária que ele fez. “Gostaria de mencionar que quebrar
paradigmas é realmente diferente. Estou mais preparado para atender a
comunidade e se relacionar com os outros atores da segurança pública”.
O
curso começou no dia 17 deste mês e foi realizado no Quartel do Comando
Geral da Polícia Militar, em Vitória. Participaram do treinamento
policiais que já atuam com o policiamento comunitário nos batalhões da
Região Metropolitana da Grande Vitória e também militares do interior do
Estado.
O objetivo é que após o curso, eles gerenciem as bases
comunitárias dentro da filosofia do Sistema Koban, e atuem na
mobilização social das lideranças comunitárias. Este é o segundo curso
realizado no Estado em 2011, o primeiro foi em julho quando se formaram
50 militares gestores deste sistema.
Sistema Koban
O
sistema Koban, adotado no Japão, segue a ideia de descentralização
territorial e seu funcionamento é parecido com os Postos Comunitários de
Segurança, no Brasil.
O critério para sua instalação e
localização é técnico, estabelecido pela polícia para que garanta o
atendimento às pessoas que o procurem e para manter um nível
satisfatório de ordem.
Estes postos policiais (Kobans e
Chuzaishos) funcionam 24 horas por dia. Os japoneses também acreditam
que os maiores e melhores recursos da polícia devem estar alocados na
linha de frente.
A filosofia tem como fundamento o estreitamento
de relações entre polícia e comunidade, e a autonomia do policial em
sua região, onde atua como um "mini-chefe" de polícia descentralizado em
patrulhamento constante, trabalhando como solucionador dos problemas da
comunidade, para garantir segurança e paz.
No Brasil, a
filosofia do Sistema Koban aplicada na Polícia Militar de São Paulo
ajudou na redução dos índices de 37,7 homicídios por 100 mil habitantes
em 1999, para 10,4 em 2010.
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