Não basta apenas trancar a porta e fechar a janela.
Quem aproveita o
verão para viajar e deixa a casa sozinha por alguns dias tem que tomar
mais algumas medidas de segurança se não quiser ter uma desagradável
surpresa na volta, alerta o capitão Sérgio Marques, porta-voz da Polícia
Militar do Estado de São Paulo.
Com as férias, os bandidos sabem que
muitas residências ficam sem habitantes e aproveitam o momento de festas
para atacar.
"O marginal procura os caminhos mais fáceis para agir, nesse caso,
furtar uma casa vazia", diz Marques. Por isso, o primeiro passo é não
deixar a casa com aparência de abandonada. A velha tática de deixar uma
luz ligada o tempo todo pode ter efeito contrário, avisa o capitão; se o
bandido vir a lâmpada acesa de dia, vai saber que a casa está vazia. Se
não tiver um timer que a programe para acender e apagar à noite, é
melhor desligar. Para evitar sinais de ausência, é importante também
suspender ou transferir a entrega de jornais, além de pedir a um vizinho
ou parente para recolher a correspondência ou varrer a frente da casa
de vez em quando.
"A boa relação com os vizinhos é um princípio da polícia comunitária",
diz Marques. "Nada de deixar a chave debaixo do tapete ou no vaso de
plantas; entregue nas mãos de alguém de confiança", recomenda. Se não
deixar a chave, afirma o capitão, é aconselhável passar ao menos um
telefone de contato em caso de emergência.
Além de desligar a chave geral de energia, o registro de água e de gás,
Marques lembra que o cidadão deve ter cuidado com as mídias sociais. "A
pessoa escreve lá no Facebook: 'vou viajar para Ubatuba por 15 dias com
toda a família', e há alguns dias pôs o endereço de casa convidando todo
mundo pra uma festa. É pedir pra ser assaltada, né?"
Medidas de segurança
Comportamentos preventivos são apenas um recurso, diz o diretor de operações no RS e PR da empresa de segurança Rudder, coronel Murilo Batista França. Para ele, a pessoa deve fazer uma "corrente de proteção", aliando o cuidado com outros métodos e equipamentos que protejam sua casa.
Comportamentos preventivos são apenas um recurso, diz o diretor de operações no RS e PR da empresa de segurança Rudder, coronel Murilo Batista França. Para ele, a pessoa deve fazer uma "corrente de proteção", aliando o cuidado com outros métodos e equipamentos que protejam sua casa.
"A corrente de proteção será tão forte quanto seu elo mais fraco. O
bandido procura oportunidades de ação, e devemos tomar cuidado para não
dar isso a ele", diz França. Câmeras de segurança, exemplifica,
funcionam algumas vezes, mas o bandido profissional não se preocupa
muito com a gravação, principalmente se tem passagem pela polícia.
Um cachorro em frente de casa ajuda, afirma o coronel. "Adestrado para a
proteção, o cão é melhor do que nós. Mesmo dormindo, ele está alerta.
Claro que deve haver uma cerca, água e comida." Alarmes podem ser úteis
para espantar alguns invasores que, segundo França, são como felinos:
"quando o gato tem dúvida, ele foge, ele não enfrenta". No entanto,
alerta, outros criminosos, mesmo que o alarme dispare, podem voltar mais
tarde.
Outra opção é contratar um vigia particular, mas antes de tudo é
necessário checar se a empresa é cadastrada na Polícia Federal, afirma o
capitão Sérgio Marques. "Se não for, nem pensar! Pode ser o 'olheiro'
de alguma quadrilha." Em sua opinião, a presença física de um vigilante
pode inibir, mas um sistema de monitoramento também é eficiente.
Reforçar a tranca das janelas e portas com um pedaço de madeira, diz
Marques, ou uma grade interna são bons complementos. "Janelas de vidro e
vidraças também devem ser cobertas com cortina ou panos para ninguém
ver o interior da casa vazio." E se for colocar um cadeado ou tranca na
parte externa da casa, acrescenta ele, tentar ser discreto e fechar por
dentro.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5536200-EI5030,00-Garantir+seguranca+da+casa+no+fim+de+ano+inclui+redes+sociais.html
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