Greve: Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Rio de janeiro

Sobe para 17 o número de PMs presos durante greve

Rio -  Subiu para 17 o número de policiais presos por conta da greve que foi deflagrada na noite desta quinta-feira. Segundo informações da Polícia Militar, o coronel da reserva Adalberto de Souza Rabello também está preso. Ele era um dos 11 militares que foram alvos de mandados de prisão preventiva pela Justiça. Desses mandados, 10 já foram cumpridos. Outros seis PMs foram presos em flagrante no 28º BPM (Volta Redonda), por desobediência. Um sétimo policial também foi preso em flagrante pelo mesmo motivo, mas, sua identidade não foi revelada, assim como o batalhão em que ele é lotado.

Além isso, outros 14 policiais militares serão submetidos a processo administrativo disciplinar, quatro deles já tiveram suas prisões preventivas decretadas. Outros 129 policiais militares do Batalhão de Volta Redonda serão indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM) por cometimento de crime militar.

Também na tarde desta sexta-feira, o Corpo de Bombeiros informou que 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço. Todos serão presos administrativamente. O Comandante do 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca, Tenente Coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo.
Cabo Gurgel, um dos líderes dos grevistas, é um dos presos | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Cabo Gurgel, um dos líderes dos grevistas, é um dos presos | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Além disso, o comando-geral da corporação abriu Conselho de Disciplina para avaliar a conduta do cabo Benevenuto Daciolo, que já está preso em Bangu 1, além de 15 guarda-vidas representantes do movimento de greve. Também serão avaliadas as posturas do capitão Alexandre Marchesini e do major Márcio Garcia. O procedimento definirá as punições cabíveis aos envolvidos, podendo chegar à exclusão definitiva do Corpo de Bombeiros.
'Repressão pode ocasionar revolta'

A Justiça Militar expediu 11 mandados de prisão contra os principais líderes grevistas. Destes, nove já foram presos. "A repressão ao movimento pode ocasionar uma revolta tão grande que aí sim vai gerar um problema irreversível. O que gera tumulto é a falta de diálogo. Se eles começarem a prender todo mundo, vai ficar complicado", disse o cabo João Carlos Gurgel, um dos líderes preso.
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
O coronel Paulo Ricardo Paul também foi preso pela Corregedoria Interna da Polícia Militar por participação no movimento de greve dos policiais. Apesar de estar preso administrativamente, ele cumpre prisão no presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó. Paul, que está aposentado, já foi corregedor da Polícia Militar.

"Estamos sendo tratados como presos políticos, como traficantes. Somos pessoas que não temos uma folha corrida sem nenhum antecedente. Não podemos ficar presos nessa situação", disse o major PM Hélio Silva de Oliveira. De acordo com ele, o grupo está buscando apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para serem transferidos de Bangu 1.

Além deles, também estão presos os policiais Wagner Luiz da Fonseca e Silva, Adalberto de Souza Rabello, Carlos Antônio Oliveira de Aquino, Pablo Rafael Marques dos Santos, Alonsimar de Oliveira Pessanha, Wagner Jardim Hamude, Nilton Alves Neto e Vivian Sanchez Gonçalves.

Segundo o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a situação na capital está controlada, no interior há registro de problemas em Campos dos Goytacazes e Volta Redonda.

"É inaceitável que policiais cruzem os braços. Os policiais que se recusaram a cumprir as normas foram presos por descumprimento, por crime de desobediência. Precisamos dizer para as pessoas que fiquem tranquilas. A situação da segurança está sob absoluto controle".
Policiais do 16º BPM (Olaria) gritavam palavras de ordem em frente ao batalhão | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Policiais do 16º BPM (Olaria) gritavam palavras de ordem em frente ao batalhão | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Por outro lado, representantes do movimento grevista afirmaram, em coletiva realizada nesta sexta-feira, que cerca de 200 policiais militares foram presos administrativamente em Barra do Piraí ao se recusarem a sair em patrulhamento. A informação foi negada pela assessoria da PM.

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) seguem para Campos, no Norte Fluminense. "Houve uma recusa inicial dos policias de saírem nas viaturas alegando que não havia documentação. O Detran já está providenciando essa documentação", afirmou.

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