Até
o final deste mês, estará concluído um plano de ação estadual para
enfrentar a dependência química no Estado.
A iniciativa se antecipa ao
Plano de Enfrentamento ao Uso do Crack e outras Drogas, lançado, em
dezembro, pela presidente Dilma Rousseff. "Desde outubro, estamos em um
processo de preparação de um plano de ação, para trabalhar e enfrentar a
questão da dependência química de uma forma geral, porque o plano
nacional é muito específico para o crack e outras drogas, embora o crack
seja o grande objetivo", afirma a coordenadora do Pro Paz, Izabela
Jatene.
Para
que se tenha uma ideia da gravidade do problema. Aproximadamente 90% dos
pacientes atendidos no Centro Nova Vida, que trata dependentes
químicos, são usuários de crack e óxi, dois subprodutos da cocaína que,
em todo o País, estão destruindo vidas. É o que afirma o presidente da
entidade, Luiz Veiga.
Os usuários de crack são, entre os usam drogas
ilícitas, aqueles que menos procuram ajuda. As dificuldades financeiras
dos pacientes funcionam como barreiras à busca por tratamento. Além
disso, observa Veiga, os usuários desse entorpecente apresentam
tendências ao suicídio, complicando o tratamento.
O
programa do governo federal, com investimento de R$ 4 bilhões, terá como
ações o atendimento ao dependente químico e a seus familiares, o
combate ao tráfico de drogas e a prevenção ao uso dessas substâncias.
"O
crack é um drama, uma tragédia humana que leva a pessoa a se dedicar a
uma atividade autodestrutiva", disse a presidente.
Izabela Jatene diz
que participam do plano de ação estadual as secretarias de Saúde,
Assistência Social, Justiça e Direitos Humanos, Fundação de Atendimento
Socioeducativo do Pará (Fasepa), antiga Funcap - porque boa parte dos
adoslecentes que entram no sistema socioeducativo teve ou tem contato
com a droga -, além do sistema de segurança pública (Polícias Militar e
Civil), e instituições que atuam nessa área. O plano é pautado em cinco
eixos: prevenção, redução de danos, tratamento, redução de oferta e
estudo, pesquisa e capacitação.
http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=251&codigo=576409
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