A prevenção às drogas lícitas e ilícitas e bebidas tem sido uma cruzada
nacional da Polícia Militar e parceiros em todo Brasil com o Programa
Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).
O tema foi apresentado em audiência pública
nesta terça-feira (3) em Brasília, requerida pelos deputados Cabo
Juliano Rabelo (PSB-MT) e Fernando Francischini (PSDB-PR).
Uma
das propostas do Cabo Juliano é que seja criado um fundo, com dinheiro
do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para fortalecer o
programa.
O parlamentar destacou que o programa
já atendeu cerca d 160 mil crianças e adolescentes em Mato Grosso desde
2000. E 1,1 milhão de atendimentos individuais ou em grupo de
estudantes. O público alvo são crianças das séries iniciais até o fim do
Ensino Fundamental.
“Hoje o Proerd atinge 30%
das escolas em mato Grosso. Mas queremos fortalecê-lo e ampliá-lo, por
isso vamos mostrar ao ministro da Educação a ideia, para ele ser
subsidiado com fundo específico com recurso do IPI”, diz Cabo Juliano.
“O objetivo do programa é ensinar as crianças e adolescentes a dizer não
às drogas, bebidas e à violência”.
O
coordenador do Proerd em Mato Grosso, tenente coronel Jacques Lopes da
Cunha, relata que o programa tem papel fundamental de orientação em
prevenção às drogas principalmente na região da fronteira da Bolívia,
pois ali há cerca de 800 Km de fronteira seca.
“A
região da fronteira oeste de Mato Groso é por onde entra droga em Mato
Grosso”, alerta. “Se não investirmos em educação primária, vamos enxugar
gelo. Nossas crianças e adolescentes vão acabar buscando traficantes e
dependentes químicos”.
Política pública
A
capitã Silbene Cristina do Nascimento Rabelo, coordenadora Adjunta do
programa em Mato Grosso, destacou que só com muita prevenção pode-se
combater as drogas.
Ela comparou que “a
mortalidade infantil teve cerca de 28 mortes para 100 mil habitantes, o
analfabetismo também já foi alto, mas foi com políticas públicas que
deram importância à prevenção que os índices baixaram”.
O
tenente coronel Jacques ressalta a importância da atuação do programa
no Estado pelo fato de ser uma política pública que desde 2011 incluiu o
Proerd como matriz curricular das escolas estaduais.
Já
o coordenador de policiamento comunitário do Ministério da Justiça,
Erisson Lemos Pita, informa que em todo o Brasil o Proerd atingiu em
capacitação e orientação 15 milhões de crianças e adolescentes em quase
duas décadas. Nos últimos três anos, foram investidos pelo ministério R$
12,170 milhões.
Em agosto, o programa completa 20 anos de Brasil, cuja iniciativa pioneira foi o Rio de Janeiro.
Pita
conta que atualmente 50 países desenvolvem o programa originário nos
Estados Unidos, em 1981 em Los Angeles, onde se proliferava drogas. O
segundo que melhor aplica esse tipo de prevenção primária é o Brasil,
assinala.
Também apresentaram experiências
sobre o Proerd os coronéis Douglas Sabatini Dabul, do Paraná; Luiz
Castro Júnior, de São Paulo; e o capitão Dalton Perovano, do Paraná, que
apresentou estudos e pesquisas científicas sobre as drogas.
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