Numa
tentativa de combater a violência, que tem crescido nas últimas
semanas, a Polícia Militar determinou que todos os policiais
recém-formados façam um estágio na Rocinha, comunidade da zona sul do
Rio ocupada pelas forças de segurança desde novembro passado. Com isso, o
número de policiais na favela vai chegar a 700 até a próxima
sexta-feira.
Antes da sequência de crimes (em 40 dias foram registrados oito homicídios), havia 180 PMs na favela. Nas últimas semanas, um grupo de 130 e outro de 40 policiais aumentou o efetivo para 350. Com o novo reforço, o total chegará a 700. Os primeiros policiais desse grupo de recém-formados chegou nesta segunda-feira à comunidade. Outros chegarão terça-feira e até sexta-feira, quando o contingente estará completo.
Os novos policiais chegam à Rocinha em meio a denúncias de corrupção. Segundo a Polícia Civil, traficantes estariam oferecendo R$ 200 mil na hora e mais R$ 20 mil por semana a policiais que deixem de patrulhar ruas de menor movimento. A Secretaria Estadual de Segurança confirmou as denúncias, mas não detalhou os casos, alegando que a investigação é sigilosa. Caso a denúncia seja confirmada, os policiais podem ser expulsos da corporação. A Secretaria informou que não vai mudar o plano de segurança para a comunidade.
Há cerca de 50 dias a Rocinha vive uma escalada de violência. No último domingo, Alexandre da Cunha Fernandes, de 30 anos, foi morto em uma das principais ruas da favela. O delegado Rivaldo Barbosa, titular da delegacia de Homicídios, investiga se a vítima tinha envolvimento com o tráfico. O inquérito deve ser concluído em 30 dias. "Outros cinco casos já foram solucionados e a polícia já tem os mandados de prisão dos acusados", disse.
A PM nega que o aumento do efetivo se deva à onda de violência. Em nota, afirma que o objetivo da ocupação era a retomada do território e que "a missão foi cumprida". De acordo com a corporação, a atuação dos novos oficiais na Rocinha é um treinamento para que os novos policiais possam atuar em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) de diferentes comunidades. Todos os oficiais recém formados passarão pelo estágio com o objetivo de facilitar o acesso da PM a becos onde as viaturas não entram. A primeira turma de policiais deve ficar na favela até a implantação da UPP, ainda sem data para ocorrer.
O reforço não renovou as expectativas de segurança de quem vive na Rocinha. "São policiais despreparados, chegam com a cara assustada e segurando a arma o tempo todo. Não conhecem a realidade da favela", critica um comerciante. Muitos moradores afirmam que ainda há traficantes em diferentes regiões da favela e relatam o clima de insegurança vivido nas últimas semanas. "Demos confiança à polícia, mas ela não correspondeu. Estamos num vazio de comando", afirmou uma moradora que não quis se identificar.
http://www.dgabc.com.br/News/5950273/policial-recem-formado-vai-fazer-estagio-na-rocinha.aspx
Antes da sequência de crimes (em 40 dias foram registrados oito homicídios), havia 180 PMs na favela. Nas últimas semanas, um grupo de 130 e outro de 40 policiais aumentou o efetivo para 350. Com o novo reforço, o total chegará a 700. Os primeiros policiais desse grupo de recém-formados chegou nesta segunda-feira à comunidade. Outros chegarão terça-feira e até sexta-feira, quando o contingente estará completo.
Os novos policiais chegam à Rocinha em meio a denúncias de corrupção. Segundo a Polícia Civil, traficantes estariam oferecendo R$ 200 mil na hora e mais R$ 20 mil por semana a policiais que deixem de patrulhar ruas de menor movimento. A Secretaria Estadual de Segurança confirmou as denúncias, mas não detalhou os casos, alegando que a investigação é sigilosa. Caso a denúncia seja confirmada, os policiais podem ser expulsos da corporação. A Secretaria informou que não vai mudar o plano de segurança para a comunidade.
Há cerca de 50 dias a Rocinha vive uma escalada de violência. No último domingo, Alexandre da Cunha Fernandes, de 30 anos, foi morto em uma das principais ruas da favela. O delegado Rivaldo Barbosa, titular da delegacia de Homicídios, investiga se a vítima tinha envolvimento com o tráfico. O inquérito deve ser concluído em 30 dias. "Outros cinco casos já foram solucionados e a polícia já tem os mandados de prisão dos acusados", disse.
A PM nega que o aumento do efetivo se deva à onda de violência. Em nota, afirma que o objetivo da ocupação era a retomada do território e que "a missão foi cumprida". De acordo com a corporação, a atuação dos novos oficiais na Rocinha é um treinamento para que os novos policiais possam atuar em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) de diferentes comunidades. Todos os oficiais recém formados passarão pelo estágio com o objetivo de facilitar o acesso da PM a becos onde as viaturas não entram. A primeira turma de policiais deve ficar na favela até a implantação da UPP, ainda sem data para ocorrer.
O reforço não renovou as expectativas de segurança de quem vive na Rocinha. "São policiais despreparados, chegam com a cara assustada e segurando a arma o tempo todo. Não conhecem a realidade da favela", critica um comerciante. Muitos moradores afirmam que ainda há traficantes em diferentes regiões da favela e relatam o clima de insegurança vivido nas últimas semanas. "Demos confiança à polícia, mas ela não correspondeu. Estamos num vazio de comando", afirmou uma moradora que não quis se identificar.
http://www.dgabc.com.br/News/5950273/policial-recem-formado-vai-fazer-estagio-na-rocinha.aspx
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