Experiências positivas de policiamento comunitário já se espalham em todo país



Em 2008, o Rio de Janeiro apenas começava o processo de pacificação das favelas com as UPPs.
Hoje já são19 UPPs, beneficiando 1,5 milhão de pessoas de74 comunidades. O policiamento é realizado por 3.956 agentes de segurança pública.
A meta da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro é ampliar ainda mais esses números até 2014. A expectativa é contar com 12.500 policiais em 45 UPPs, abrangendo 165 comunidades e beneficiando 860.000 moradores.
“Este é só o início de um trabalho longo”, afirma o coronel Rogério Seabra, coordenador das UPPs. “A ideia é devolver ao cidadão que mora ali seu espaço de cidadania plena. E isso começou pela instalação das UPPs, mas segue com a entrada de serviços básicos, que ainda estão vindo, junto com a UPP Social.”
No estado do Mato Grosso, o conceito de polícia comunitária começou a ser discutido no final dos anos 80, com atuação da polícia militar junto à comunidade.
“De lá para cá esse formato só tem evoluído”, destaca o major Júlio Martins de Carvalho, coordenador estadual de polícia comunitária do Mato Grosso. “Hoje, as polícias militar e civil trabalham juntas com o assessoramento dos conselhos comunitários de segurança de cada região que tem o posto de polícia comunitária.”
Ao todo, são 23 unidades, 17 delas na capital, Cuiabá.

    Policiais do Mato Grosso na solenidade de formatura do Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária. O estado tem 23 unidades de policiamento comuntário, 17 delas na capital, Cuiabá.  (Cortesia de Josi Pettengill/Secom-MT)

Policiais do Mato Grosso na solenidade de formatura do Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária. O estado tem 23 unidades de policiamento comuntário, 17 delas na capital, Cuiabá.
(Cortesia de Josi Pettengill/Secom-MT)
No Rio Grande do Sul, o programa RS na Paz começa a ganhar novos contornos.
Para aproximar ainda mais policiais e comunidade, os policiais vão residir no bairro em que atuam. O projeto-piloto começou em Caxias do Sul em 14 de março. A prefeitura vai ajudar o governo estadual a pagar o aluguel das residências.
“Serão selecionados para esta função os policias que tenham perfil para o trabalho comunitário”, relata Carlos Sant’Ana, coordenador do RS na Paz – Programa Estadual de Segurança Pública com Cidadania.
Outra novidade é o programa de acolhimento nas delegacias de polícia, com a qualificação das equipes de plantão.
O Projeto Acolher vai oferecer atendimento psicológico, jurídico e assistência social às vítimas de violência que procuram as delegacias para o registro da ocorrência. O projeto-piloto será desenvolvido em São Leopoldo ainda em 2012.

Bahia tem Pacto pela Vida
Na Bahia, o programa Pacto pela Vida atua através de câmaras setoriais, que desenvolvem políticas públicas para as áreas mais vulneráveis do estado.
As regiões escolhidos para receber as câmaras são as que apresentam os maiores índices populacional e de violência. Até agora, foram implantadas cinco em bairros da capital, Salvador, e outras sete no interior do estado.
“Chegamos a regiões em que havia conflitos com traficantes e que os moradores queriam deixar o bairro”, conta o coronel Zeliomar Almeida, superintendente de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia.
Para atuar nessas comunidades, os policiais recebem 60 horas de treinamento em policiamento comunitário, incluindo direitos humanos e mediação de conflitos.
Cada grupo de 120 homens atua em um perímetro de 3 km2, o que abrange, em média, de 20.000 a 30.000 habitantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente