“Trouxemos o Brasil para conhecer a experiência exitosa de Alagoas com a
atuação da Polícia Comunitária”.
A afirmação foi feita na
quinta-feira (12) pelo coordenador geral do Plano de Implantação de
Programas Sociais de Prevenção da Violência da Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp), coronel Erisson Lemos Pita, que veio ao
Estado como facilitador do Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais
de Polícia Comunitária, promovido anualmente pelo Ministério da Justiça.
Essa é a primeira vez que o evento está sendo realizado em Alagoas. O
encontro visa a aprimorar e difundir a política de policiamento
comunitário como uma das estratégias de combate à violência em áreas de
exclusão social. O encontro ocorre nesta quinta e sexta-feira, no Hotel
Matsubara, em Cruz das Almas.
De acordo com Pita, Alagoas tem oferecido bons exemplos ao país em
função dos ótimos resultados obtidos desde que o governador Teotonio
Vilela determinou a implantação do projeto-piloto de uma base no
Conjunto Selma Bandeira, localizado em uma das áreas mais violentas do
Estado e mapeada pelo próprio Ministério da Justiça, em 2009.
“O olhar da Senasp para essa experiência que está sendo bem-sucedida no
Conjunto Selma Bandeira nos motivou a enviar para Alagoas três
consultores ligados a instituições como o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud), cujos resultados devem ser
disponibilizados até julho deste ano. O conjunto também está sendo
objeto de estudo e pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV”, revelou o
coronel Erisson Pita.
Segundo dados recentes da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds),
o índice de criminalidade no entorno do Conjunto Selma Bandeira caiu em
torno de 75%, desde a implantação da base de Polícia Comunitária em
2009.
“E foi justamente por causa dessa boa experiência, e tendo em vista
também os elevados números da criminalidade no Estado, que Alagoas sedia
pela primeira vez o Encontro Nacional, por iniciativa do secretário
Dário César”, completou o representante da Senasp.
Com os bons resultados apresentados pela base-piloto, o Governo do
Estado expandiu outras bases de policiamento comunitário para cinco
áreas de Maceió, além de cidades do interior do Estado.
Na capital, as bases comunitárias funcionam também no conjunto Osman
Loureiro e nos bairros do Jacintinho e Vergel do Lago. Cada base
funciona em uma estrutura adequada, além de contar com efetivo e viatura
da PM. Diariamente, são feitas visitas aos moradores e produzidos
relatórios com os problemas de cada família residente na comunidade.
Para este ano, a Defesa Social pretende instalar mais onze bases
comunitárias, sendo cinco em Maceió e mais seis no interior, sendo três
em Arapiraca, duas em Marechal Deodoro e uma em Palmeira dos Índios.
“Assim como Alagoas tem despertado o interesse da Senasp e dos outros
Estados, o Brasil tem servido como um bom exemplo para o mundo, haja
vista que países como os Estados Unidos, do continente africano, da
América Central e outros têm procurado saber da nossa experiência.
Podemos dizer que a Polícia Comunitária é uma estratégia de que todo o
mundo já fala atualmente, dados os bons resultados apresentados com as
UPPs do Rio de Janeiro, por exemplo”, acrescentou Erisson Pitta.
Ele informa ainda que desde 2006 a Senasp já ofertou 130 mil capacitações aos Estados, entre cursos presenciais e à distância.
“Só não podemos esquecer de que a polícia sozinha não vai resolver o
problema de segurança pública das comunidades, especialmente aquelas
mais carentes de fatores como educação, infra-estrutura e outros
problemas. É preciso lembrar também que todos têm que se conscientizar
de suas responsabilidades”, destacou.
http://cadaminuto.com.br/noticia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente