O Círio de Nazaré é a maior
manifestação religiosa Católica do Brasil e, em Belém, acontece no
segundo domingo de outubro.
A procissão de 2011 teve a duração de cinco
horas e meia e reuniu, aproximadamente, 2,3 milhões de pessoas. A festa
da fé do povo paraense tem ultrapassado barreiras e há registros de
procissões em várias cidades brasileiras.
O Rio de Janeiro faz parte da
programação oficial do Círio desde de que Dom Orani Tempesta foi nomeado
Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de janeiro, em
fevereiro de 2009, tendo sido antes disso, arcebispo de Belém, daí a
relação com a religiosidade da região amazônica.
A procissão, ocorrida em 05 de agosto,
teve início após missa realizada na Paróquia Nossa Senhora de
Copacabana, seguiu pela Avenida Atlântica até a Paróquia da
Ressurreição, na rua Francisco Otaviano. Ao longo da caminhada, os fiéis
tiveram contato com todos os símbolos que fazem parte da procissão
paraense.
BERLINDA
A berlinda é o local onde a imagem de
Nossa Senhora de Nazaré é transportada ao longo das procissões. Este
importante símbolo, para o Círio de Nazaré realizado no Rio de Janeiro
foi um presente do G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense à Arquidiocese.
Além da relação de fé entre componentes da escola e a padroeira do Pará,
a escola defenderá em 2013 o enredo “Pará, o muiraquitã do Brasil”, o
que aproximou ainda mais os dois estados.
Com a estrutura pronta, a berlinda é
ornamentada com flores até que a imagem seja colocada em seu devido
lugar para o início da procissão. Há um grupo responsável por cuidar da
segurança e transporte da mesma, a Guarda da Santa.
CORDA
Acoplada à berlinda, a corda da
procissão paraense tem cerca de 400 metros e aproximadamente 700 quilos.
No Rio, a tradição é mantida, mas em menores proporções: são 100 metros
de corda e o clima no entorno da mesma é muito mais tranquilo.
Acompanhar o Círio na corda é promessa
feita por milhares de paraenses e cumpri-la exige muito esforço físico e
psicológico. A procissão do Rio de Janeiro, por ser menor do que a
ocorrida em Belém, possibilita a presença de crianças e idosos junto a
este símbolo tão significativo para a fé do povo católico paraense.
A FÉ ROMPENDO FRONTEIRAS
Ao contrário do que muitos
imaginam, a procissão do Círio de Nazaré no Rio de Janeiro não reúne
apenas os paraenses que vivem fora do estado. Dominguinhos do Estácio,
intérprete do G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense, é velho conhecido dos
paraenses devido a relação de fé com Nossa Senhora de Nazaré.
Um dos sambas de enredo mais conhecidos
do carnaval carioca (Festa do Círio, de 1975 | Estácio de Sá) deu início
a essa relação. Lá se vão 37 anos e Dominguinhos ainda é figura cativa
no segundo domingo de outubro, em Belém. Ele é apenas um dos muitos
exemplos de cariocas que mantem a devoção por Nossa Senhora e contribuem
para que o Círio ultrapasse as barreiras geográficas.
Dominguinhos do Estácio é cidadão do Pará.
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