PMs e familiares buscam proteção contra ataques e deixam casas

Em busca de proteção, PMs mudaram de cidade e até de estado.
Na capital, condomínio de policiais mantém vigias e segurança 24 horas.

SÃO PAULO/SP - Fugir das estatísticas que já incluem 100 policiais militares mortos neste ano em São Paulo exige sacrifício de policiais militares e de seus parentes. O G1 ouviu essas pessoas. Ameaçadas ou atacadas, elas precisaram deixar seus bairros ou suas cidades e até mudaram de estado para fugir da onda de violência, protagonizada por criminosos executando agentes de segurança e policiais matando bandidos para vingar as mortes dos colegas.
Segundo a Polícia Militar, até sexta-feira (21), 104 policiais militares foram assassinados no estado, sendo 82 deles na ativa e 22 aposentados. Dos que estavam em atividade, 3 foram mortos em serviço e 79 enquanto estavam de folga.

“Eu tenho casa, mas não tenho lar. Tenho esposa e família, mas não posso conviver com eles”, conta um sargento reformado da Polícia Militar (PM) que teve seu nome encontrado em uma lista que citava policiais marcados para morrer na favela de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista. Depois da descoberta, ele passou a receber escolta da PM durante 24 horas. Uma viatura ficava parada em frente a sua residência enquanto policiais da Rocam lhe davam cobertura quando precisava sair de casa. Cansado de ser alvo e ainda com medo da violência apesar da proteção, o sargento decidiu deixar São Paulo e se afastar da sua família.
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