(Foto: Bruno Carachesti)
MÁRIO BÍSCARO É NOVAMENTE CANDIDATO
Cinco chapas pediram registros de candidatura para prefeito e vice na eleição suplementar do município de Marituba, que será realizada no dia 4 de agosto. A cidade está sendo administrada pelo presidente da Câmara Municipal, Francisco de Oliveira Besteiro (PMDB).
O prazo para registro de candidatura
encerrou às 19h de ontem no cartório eleitoral da 43ª Zona eleitoral, em
Ananindeua, que abrange também Marituba. Ao meio dia a primeira chapa
foi protocolada pelo PSol, cujo candidato a prefeito será Adelino do
Socorro Pereira Bessa e vice Hélio Alves de Oliveira.
No final da tarde a segunda chapa foi
protocolada pelo próprio candidato do PMDB, Elivan Faustino e vice
pastor Donia Santa Rosa (PTB), candidatos da coligação União por
Respeito a Marituba, composta pelos partidos PMDB, PRTB, PSL, PT, PTB,
PHS, PP e PSC. Faustino concorreu a vice-prefeito na eleição de 2012 na
chapa com o PSD.
O PV pediu registro de chapa para os
candidatos a prefeito Fred Rettelbusch e vice Geraldo Coutinho, ambos do
mesmo partido. O empresário Roberto Rocha do PR e a professora Yacta
Viana requereram registro de candidatura para concorrerem a prefeito e
vice, respectivamente pelo PR.
A última chapa a protocolar pedido de
registro de candidaturas, faltando quinze minutos para o final do prazo,
a coligação Marituba faz Justiça, liderada pelo PSD, novamente aposta
no empresário Mário Bíscaro Filho, sendo a vice Marília Melo (PRB). Além
de PSD e PRB, a coligação é composta pelos partidos DEM, PPS, PDT, PSB,
PPL, PCdoB e PTC.
Nas eleições de outubro de 2012, o candidato
que recebeu 52% dos votos válidos, Mário Filho, teve os votos anulados
por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O motivo foram
problemas na prestação de contas de 2008. Como teve mais de 50% dos
votos, o TRE decidiu pela nova eleição.
VOTAÇÃO
O segundo colocado, o candidato do PSDB
Antônio Armando foi considerado inelegível porque teve duas prestações
de contas de gestão rejeitadas. O terceiro colocado, Bertoldo Couto
(PPS) obteve menos de 15% dos votos.
Em janeiro de 2012 a justiça eleitoral
empossou Wildson Melo (PRB), presidente da Câmara Municipal, prefeito
interino de Marituba. Em maio deste ano, ele também teve o mandato
cassado, acusado de compra de votos. Agora sua esposa, Marília Melo
compõe a chapa de Mário Filho como candidata a vice. Após a cassação de
Wildson, a prefeitura foi assumida pelo vice-presidente da Câmara,
Olenilson Serrão (PSD) e agora é administrada por Francisco Besteiro.
Bertoldo Couto ficará inelegível por 8 anos
O ex-prefeito de Marituba Bertoldo Couto
(PPS) foi condenado por abuso de poder político, compra de votos e por
ter infringido a legislação de condutas vedadas a agentes públicos
durante a campanha eleitoral de 2012. O juiz da 43ª Zona Eleitoral
acatou denúncia do Ministério Público, cassou o registro de candidatura,
condenou o ex-prefeito ao pagamento de multa de R$ 20 mil e determinou
que Couto ficará inelegível por oito anos.
Porém, ainda cabe recurso. Além do
ex-prefeito, também foram condenados Ana Célia Aleixo de Souza,
candidata a vice-prefeita; Maíra Couto, sobrinha e procuradora do
município na gestão de Bertoldo e Beidson Rodrigues Couto, também
sobrinho e que atuava na campanha eleitoral. Todos foram condenados por
uso de servidores na campanha, o que configura infração às condutas
vedadas.
DEPOIMENTOS
Na ação há depoimentos de testemunhas que
atuavam na procuradoria do município que afirmam terem sido coagidas a
trabalhar na campanha de reeleição de Bertoldo Couto em 2012, induzidos
pela então procuradora Maíra Couto. Também ficou comprovado, segundo a
sentença do juiz eleitoral, que a sede da prefeitura de Marituba fora
utilizada para reuniões eleitorais do prefeito candidato. Os
procuradores do município eram obrigados a participar de carreatas da
campanha e eram elaboradas duas escalas de trabalho para os advogados,
uma para o plantão de defesa de causas municipais e outra para atuar na
campanha. Segundo a acusação, também foram demitidos servidores que se
recusaram a participar.
A defesa do prefeito e de Maíra Couto alegou
que não houve qualquer abuso ou irregularidade. “Inexistiu a ordenança
de qualquer ato que tenha por finalidade excessivo exercício da função
que veio ou venha interferir no pleito”, disse a defesa.
Porém, o juiz entendeu que as provas dos
autos são cabais e que o depoimentos dos advogados que atuaram como
procuradores do município são suficientes para configuração dos crimes
denunciados. “Os fatos referidos atestam que a máquina administrativa
foi utilizada às escâncaras em benefício do então prefeito e de Ana
Aleixo ”.
(Diário do Pará)
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