Falta
de diretrizes esbarram em atrasos e até veto de Tribunal da Justiça;
ausência pode emperrar verbas. (Foto: Milena Aurea / A Cidade)
Ribeirão Preto-SP não tem hoje os principais mecanismos que norteiam o
desenvolvimento sustentável e adequado. Quatro regulamentações
municipais – Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Plano de
Mobilidade e Plano de Saneamento – estão em processo de elaboração ou
aprovação há anos.
Pelos mais variados problemas, a Prefeitura de Ribeirão Preto não
consegue dar seguimento às quatro diretrizes. O arquiteto e urbanista
Augusto Valeri afirma que não conhece outra cidade que esteja na
situação de Ribeirão Preto.
Muitos problemas
O governo federal determina que o Plano Diretor precisa ser revisado a cada 10 anos. A última revisão em Ribeirão Preto foi feita em 2003 – há 11 anos.
O governo federal determina que o Plano Diretor precisa ser revisado a cada 10 anos. A última revisão em Ribeirão Preto foi feita em 2003 – há 11 anos.
A cidade também está sem Lei de Uso e Ocupação do Solo. A revisão
aprovada em 2012 foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP). De acordo com a decisão do dia 15 de
outubro, a Câmara apresentou um projeto substitutivo à revisão elaborado
pela prefeitura e não realizou novas audiências públicas, o que é
inconstitucional.
O Plano de Mobilidade Urbana está em elaboração desde 2011. No
período, a prefeitura realizou um licitação para a concessão do
transporte coletivo e protocolou quase R$ 1 bilhão em projetos para
obras no governo federal, mas o plano não foi concluído.
De acordo com o Ministério das Cidades, a Lei Federal 12.587,
estabelece que estados e municípios interessados em solicitar recursos
federais para área de mobilidade urbana deverão apresentar seus
respectivos planos de mobilidade “A lei estabeleceu a existência do
plano como uma das condições para acesso aos recursos federais a partir de 1º de abril de 2015”, informou o Ministério das Cidades.
A prefeitura também busca concluir o Plano de Saneamento Básico desde
2011. Para a elaboração do Plano, o governo federal destinou uma verba
de R$ 1,6 milhão. De acordo com a última prestação de contas da
prefeitura, feita em abril, a elaboração do Plano estava “em execução”
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