A mulher que foi
agredida por um guarda municipal na Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
da Cidade Nova 8, em Ananindeua, no último sábado, já foi identificada e
não se trata da suposta senhora que estava desaparecida e que seria
portadora de necessidades especiais, segundo revelou ao DIÁRIO uma
mulher que seria sua irmã.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher e, segundo a delegada que está à frente do caso, o agressor não deverá ter a prisão preventiva decretada.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher e, segundo a delegada que está à frente do caso, o agressor não deverá ter a prisão preventiva decretada.
De acordo com a diretora da
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Daniela Santos, a
vítima teria sofrido um assalto antes de chegar à UPA para atendimento
médico, já que teria sofrido escoriações na abordagem. “A vítima já foi
identificada e ouvida, ela disse que procurou atendimento médico, pois
tinha sofrido escoriações durante um assalto. Além disso, a vítima ficou
com o pé quebrado. No local, ela foi atendida, mas, como a máquina de
raio x estava com defeito, ela começou a gritar reclamando”, relatou.
Com o tumulto no corredor de
espera da unidade, o guarda foi chamado para intervir, mas acabou
agredindo a paciente, como mostram as imagens enviadas ao DIÁRIO e que
apareceram em vários telejornais. “Os funcionários chamaram o guarda
para conter a mulher que estava aos gritos e, sendo agredido por ela,
ele a agrediu. Porém, nada justifica a atitude dele em bater nela”,
afirmou Daniela. Ainda segundo a delegada, a vítima disse que foi
agredida mais de uma vez pelo acusado. “Segundo a senhora, ele bateu
nela três vezes e não estava embriagada.”
Apesar de o vídeo mostrar a
discussão e a agressão, o guarda municipal não será preso. “A vítima não
veio à delegacia prestar queixa, fomos nós que a achamos, através das
informações do prontuário. Na hora ela não fez exame de corpo de delito e
não tem nenhum documento pericial. Por isso, não há elementos
suficientes punitivos para que possamos fazer a prisão preventiva dele,
mas o guarda vai responder criminalmente pelo ato. A polícia não
trabalha com hipóteses”, argumentou a delegada.
Por outro lado, o guarda
municipal, no mesmo dia do ocorrido, foi até à Seccional da Cidade Nova,
registrou um boletim de ocorrência contra a vítima e se submeteu a
exame de corpo de delito. “Aqui nós o chamamos, mas o advogado dele veio
e remarcou a data. Enquanto isso, nós vamos conversar com as
testemunhas para apurar o fato”, concluiu Daniela Santos. Segundo a
pessoa que gravou o vídeo, a mulher desapareceu do local depois que uma
funcionária interveio na briga, porém, a policia esclareceu que ela foi
encaminhada para UPA do Icuí e lá foi feito o raio x e outros
procedimentos médicos.
(Diário do Pará)
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