Futuro titular do Comando Geral da Polícia Militar, o coronel Mário Solano afirmou estar em processo de fechamento de planejamentos junto ao já anunciado secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha.
"Quem coordenará todo o trabalho da Segurança Pública no Estado é ele [referindo-se a Fernandes] e não há nenhum tipo de planejamento que eu possa fazer para resgatar a credibilidade da corporação junto à sociedade que não seja orientada por ele. É um trabalho que precisa da integração de todos os entes ligados ao setor da segurança no Pará", informou.
Já o tenente coronel Fernando Noura, que será o chefe da Casa Militar, disse já estar dialogando com o atual gestor do órgão, o coronel Pantoja Jr. "Anteontem nós nos reunimos e pedi algumas informações, relatórios. Parte do material já me foi entregue e o restante deve chegar às minhas mãos até amanhã, sexta-feira. Com esses dados eu vou poder reforçar a estrutura da segurança do governador que, em si, já está montada", explicou.
O major Francisco Bernardes, que assumirá a Superintendência do Sistema Penal do Estado do Pará (Susipe), revelou que hoje mesmo vai ao órgão para ver a quantas anda o funcionamento do órgão. "É difícil dar qualquer parecer nesse momento, sem ter verificado qualquer relatório, sem dados técnicos. Por isso marcamos uma visita já para hoje", justificou.
Novo dirigente da Delegacia Geral, Newton Andrade atendeu, por telefone, a reportagem enquanto estava no próprio órgão. "A indicação oficial aconteceu hoje [ontem] mas, obviamente, eu já estava a par do que aconteceria, conversas já vinham acontecendo há alguns dias. O que temos que fazer é resgatar a segurança do Estado. Sabemos que as coisas estão meio complicadas, meio caóticas. Queremos reverter essa situação desde agora e por isso já estamos montando a equipe de trabalho, eu mesmo já estou aqui, na própria DG", disse, no início da noite de ontem.
Andrade revelou ainda já ter se reunido com o atual delegado geral, Raimundo Benassully. "Estive com ele para ver questões administrativas, saber como a DG está funcionando, como anda a questão orçamentária. Algumas informações mais técnicas já foram, inclusive, disponibilizadas", declarou.
http://italomacola.blogspot.com/2010/12/solano-faz-planejamentos-com-o-novo.html
"não há nenhum tipo de planejamento que eu possa fazer para resgatar a credibilidade da corporação junto à sociedade que não seja orientada por ele."
ResponderExcluir(Declaração do Coronel SOLANO, futuro Comandante Geral da PM, se referindo ao Delegado da Polícia Civil LUIZ FERNANDES ROCHA, indicado pra Secretário de Segurança Pública)).
Que absurdo! Essa declaração é uma confissão de absoluto despreparo pro cargo para o qual foi indicado e que ocupará na equipe do futuro Governo.
Veja o absurdo da absurdez: o Delegado da Polícia Civil orientará o Coronel da Polícia Militar a planejar o resgate da credibilidade da Polícia Militar junto à sociedade. Meu Deus! O que nos espera. Esse é o Comandante Geral que nos comandará.
A Polícia Civil e a Polícia Militar, forças de Segurança Pública, sempre foram tratadas como forças do Governo e não Instituições de Estado, ou seja, a polícia é usada ao bel-prazer daquele que se encontra no Poder, sem independência funcional, cada uma delas buscando garantir o seu lugar ao sol junto ao governante de plantão. Passam a agir então como um filho que busca a aprovação do pai, obedecendo-lhe incondicionalmente às ordens e tentando antever suas vontades para agir. Assim funcionam as polícias, atuando sempre de maneira a agradar o governante da hora.
A subserviente mariolagem do futuro Comandante Geral da Polícia Militar em relação ao futuro Secretário de Segurança Pública - um Delegado de Polícia Civil - a quem, embora vinculado pelo Sistema de Segurança Pública do Estado, não se encontra subordinado, vez que os cargos são de mesma hierarquia, ambos a nível de Secretaria de Estado. Imagine o Delegado da Polícia Civil orientando o Coronel da PM na elaboração do planejamento da atividade-fim da Polícia Militar, por certo descaracterizar-se-á a atividade finalística da Polícia Militar, que se constitui na polícia ostensiva, presente e fardada nas ruas e com técnicas e estratégias operacionais.
Meu Deus!
Que Comandante Geral teremos?
Um mariola de um Delegado de Polícia Civil!
O planejamento da atuação da Polícia Militar ao exercício da sua missão institucional com foco na excelência do cumprimento do seu dever constitucional, é prerrogativa inalienável da sua independência funcional.
ResponderExcluirCompete à Polícia Militar, em decorrência dos altos e crescentes índices de criminalidade, promover uma análise crítica, no âmbito de sua atividade finalística, dos fatores que proporcionaram o aumento da criminalidade, a fim de viabilizar os recursos materiais necessários, o efetivo mínimo e a utilização e imprescindível atualização das tecnologias que possam auxiliar na diminuição dos crimes.
Esse é o nosso papel, Senhor Coronel SOLANO, jamais nos submetermos, nos acachaparmos, nos violentarmos, enquanto Instituição, pra mantermos privilégios e beneficies resultantes do puxa-saquismo, da bajulação e da mariolagem.
A TROPA NÃO SE CURVA AO ESTUPRO DA DIGNIDADE E DA MORAL PÚBLICA!
O planejamento estratégico, técnico e operacional da Polícia Militar para persecução da meta da qualidade total dos seus serviços de bem servir e proteger o cidadão e a sociedade em geral, otimizando a PM como fiel, leal e constante guardiã da sociedade, passa - necessária e inequivocamente - pela compreensão de que o policial militar não é o "justiceiro", o "vingador". Ele é e deve ser o anjo guardião e protetor da sociedade, jamais seu algoz. Nesse sentido, é preciso descentralizar e desconcentrar a capacidade, a competência e a responsabilidade de decisão, estimulando os comandados e subordinados imediatamente inferiores aos grandes comandos, intermediários ou de Unidades a apresentarem suas ideias - novas idéias, sob suas óticas, detalhes para a prossecução e busca de solução pra gravíssima crise da segurança pública em nosso Estado.
ResponderExcluirEsse PLANEJAMENTO é nosso, interna corporis, elaborado e consolidado pela somatória de conhecimentos e experiências advindos do exercício da nossa missão institucional, que afirma e dá consistência estratégica, técnica e operacional à nossa atividade-fim.
É assim que se COMANDA, Coronel SOLANO!
Um Comando pactuado, compromissado com a causa da segurança pública, com habilidade e capacidade para se ouvir o que não é dito, inclusive e principalmente. Enfim, que não trate os seus "subordinados" como subespécie humana ou meros vassalos. Que assuma e resgate compromissos como os comandados e com a Tropa como um todo, fazendo da PM uma organização que produza metas e concretize aspirações para cada um dos seus integrantes, estimulando e motivando os comandados, a fim de que se atinja a excelência no exercício da causa da segurança pública, atuando com urbanidade, postura reta, inteligência e sobretudo - mais que tudo - probidade e humildade.