UPP: Rocinha terá policiamento comunitário

Rio - Em ação inédita, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou ontem à parte alta da Favela da Rocinha sem disparar um tiro. Na comunidade de São Conrado, 80 homens da tropa de elite da Polícia Militar apreenderam duas toneladas de maconha. A droga seria revendida para outras favelas dominadas pela facção Amigos dos Amigos (ADA). Segundo a PM, a apreensão resultou num prejuízo de R$ 500 mil à quadrilha chefiada por Antônio Bonfim Lopes, o Nem. 
O Bope nega que a ação tivesse como objetivo a ocupação imediata da comunidade — a Secretaria de Segurança prevê instalar no local Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). No entanto, o relações-públicas da tropa de elite, capitão Ivan Blaz, destacou que o mapeamento pode ajudar no futuro.


“Atualizamos nossos dados porque a comunidade sofreu inúmeras alterações após construções civis. É preparação para qualquer operação de emergência que o Bope precise fazer na Rocinha ou até para possível ocupação”.

A polícia prendeu duas pessoas e deteve outras duas. Foram apreendidos granada de fabricação caseira, fuzil de paintball, grande quantidade de munição 7.62 para fuzil, moto, caderno com a contabilidade do tráfico e camisas com fotos de bandidos mortos. Um artefato explodiu na localidade do Valão, mas a ação terminou sem feridos.

O Bope entrou na Rocinha às 7h10. Traficantes soltaram fogos, mas não houve confronto. O comércio funcionou, e o trânsito de motos e carros foi normal. Somente funcionários que trabalhavam em obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) interromperam o serviço.
(O Dia On-line)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente