Com apenas 14 anos, Dayse da Costa saiu de
Salinópolis, no nordeste do Estado, para surfar nas ondas do rio Capim,
em São Domingos do Capim, pelo 15º Festival de Surf na Pororoca. Ela já
ganhou em primeiro lugar na categoria Open e Junior em um festival de
surf em Salinas. “Aqui a emoção de surfar é maior. A adrenalina é grande
porque tem apenas uma onda, e temos que fazer de tudo para pegar. Em
Salinas, o mar é forte e tem onda a qualquer hora”, disse.
Com uma onda fraca, a Pororoca desta sexta-feira (12) atraiu poucos
surfistas, dando mais espaço para a garotada local, que começa a pegar
as primeiras ondas e querer se profissionalizar. “Sempre que tenho a
oportunidade, estou no rio nadando com minha prancha”, contou Wellington
Souza, 13 anos. Morador de São Domingos do Capim, ele contou que
aproveita os surfistas turistas na cidade para fazer amizade e aprender
um pouco mais.
Entre os jornalistas que cobrem o
evento, está uma equipe com doze jornalistas chineses da CCTV, canal que
transmite diariamente o festival e outras curiosidades da cultura,
culinária e economia dos paraenses e moradores de São Domingos. “Eles já
estão em Belém há 20 dias, mas sempre estamos viajando para São
Domingos para fazer diversas matérias. Eles já entraram ao vivo da orla
mostrando no jornal como é nossa cultura e falando do festival”, realtou
Schyla Gerrids, guia turística que acompanha o grupo.
A cada doze horas, o fenômeno da pororoca acontece. Nesta terça, a onda
invadiu o rio Capim às 14 horas. A previsão para a próxima é às 2 horas
da madrugada deste sábado (13). Este ano, a competição vai premiar o
nativo com o melhor desempenho. O campeonato continua neste sábado e
domingo (14), com a premiação programada para a noite, incluindo a
apresentação da Aparelhagem Búfalo do Marajó.
Texto:
Liandro Brito - Seel
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