Há um crime silencioso que vem se alastrando nas comunidades, mas que percebo pouco caso por parte da sociedade: o estupro.
Mas, é gravíssimo e está se alastrando em nosso estado.
Chegamos, no Pará, a ter quase 7 por dia e isso é muito alto.
Mas, esse crime não é para ser cuidado somente pelo aparelho policial do Estado.
A sociedade tem que se apropriar de suas razões e partir pra cima com imediata resposta.
Com a palavra a própria academia, nossas universidades e IES (instituições de ensino superior), através
de
seus centros de pesquisa e a investigação da origem desse mal, através
dos trabalhos monográficos e teses de conclusão de curso.
Enquanto
isso, o Estado em todas as suas esferas (municipal, estadual e
federal) deve desencadear políticas de enfrentamento ao problema, a
partir da identificação de suas ocorrências (locais, principais vítimas,
características dos acusados, etc) para desenvolver uma intervenção
estratégica com repressão qualificada, orientada pelos dados
existentes. E ainda: empreender mobilização nas áreas afetadas por essa
terrível ocorrência delituosa, envolvendo as famílias, a escola e a
igreja.
Seria interessante que
tivéssemos um trabalho de polícia comunitária já consolidado e que os
CONSEGs (Conselhos Comunitários de Segurança e Cidadania) já pudessem
capitanear a mobilização da comunidade. E que as UIPPs já estivessem
funcionando e fossem o forum desses debates e questionamentos.
Mas,
esse sonho pode se tornar realidade. Basta que o cidadão se aproprie da
necessidade de construir um modelo de Segurança Pública que tenha,
efetivamente, sua participação.
A qualidade da Segurança Pública depende da qualidade dos cidadãos.
Com a palavra a comunidade.
Cel PM Costa Júnior.
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